A aproximação da aposentadoria de Ricardo Lewandowski aumenta as expectativas dos nomes que o possam suceder no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Não há dúvida de que perfis e nomes estão sendo analisados, mas o que de parâmetro inabalável é o fato de que Lula ouvirá quem vai deixar o cargo. O aval de Ricardo Lewandowski será imprescindível para o ato de nomeação pelo presidente da República. Mas há outros ministros que também serão ouvidos.
Gilmar Mendes, embora tenha sido um dos principais desafetos dos petistas com registro marcado durante o julgamento do ‘mensalão’, o que se assegura ter sido desfeito com a postura do ministro face a decretação de parcialidade de Sérgio Moro na operação Lava-Jato, também será ouvido pelo presidente quanto ao nome mais condizente, inclusive com o garantismo penal.
Então, um jovem garantista, com aval de Lewandowski, Gilmar Mendes e porque não com a também ouvida de Alexandre de Moraes, além de Rosa Weber e Luís Barroso. Essa é a aposta de interlocutores da área jurídica do Palácio do Planalto.
A juventude é uma ideia para que o Ministro a ser escolhido fique mais tempo na Corte Suprema, ante os atuais requisitos de investidura, com uma influência jurídico petista por um longo tempo no STF. Nessa linha, Cristiano Zanin, com 46 anos, é bem próximo do presidente, além de ser ser advogado. Outro nome é Pierpaolo Bottini, com 43 anos, tem ligação histórica com o PT. É professor de Direito Penal da USP. Há um terceiro cotado, o advogado Sílvio de Almeida, com 46 anos, professor e presidente do Instituto Luiz Gama. É mestre e doutor em direito pela USP.
A disputa, ainda que Lewandowski somente deixe o cargo em maio, está aberta e acirrada, com a largada para a primeira nomeação de Lula em seu terceiro mandato para o cargo de Ministro do STF. A segunda nomeação do presidente ainda será neste ano, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.