Cabe ao Banco provar que faz descontos corretos na conta do consumidor

Cabe ao Banco provar que faz descontos corretos na conta do consumidor

O Tribunal de Justiça do Amazonas definiu no julgamento do recurso de apelação nº 0000153-52.2020.8.04.2101, em matéria de natureza consumerista, envolvendo cliente/instituição bancária, que o dever de comprovar a improcedência do direito reclamado na ação declaratória de inexistência de débito, pelo consumidor, é do Banco. No caso, o Bradesco Financiamentos S/A, pouco importando a alegação de que fora firmado um contrato dentro do modelo que gerou as cobranças, se a instituição financeira não instrui os autos com um único documento que convalide os argumentos elaborados em sua defesa. A ação julgada procedente foi proposta por Maria do Carmo Neves de Assis. Foi Relator João de Jesus Abdala Simões. 

No caso examinado, discutiu-se a proposição levada a efeito pela autora/cliente do banco, que firmou ter celebrado com o Bradesco um contrato de empréstimo consignado e não aquele que deu origem às cobranças ‘indevidas’: o de cartão de crédito consignado, e que sequer tomou conhecimento dessa modalidade contratual. 

O aresto relata que ‘a autora afirma que celebrou com a instituição bancária um contrato de empréstimo consignado, e, embora o banco alegue que fora firmado um contrato de cartão de crédito consignado, não logrou comprovar que a autora teve plena ciência do tipo de modalidade contratada’.

Para o julgado, o Banco deixou de instruir  os autos com o único documento que poderia comprovar plena ciência do tipo de modalidade contratada, sem que tenha se desincumbindo do ônus processual de atuar para a extinção, modificação ou alteração do direito vindicado. Foram fixados danos morais que favoreceram a autora na causa.

Processo: 0000153-52.2020.8.04.2101

Leia o Acórdão:

EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. DIREITO MODIFICATIVO NÃO COMPROVADO. COBRANÇA INDEVIDA. ATO ILÍCITO. DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR ADEQUADO. APELOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.I 

Leia mais

Proteção ambiental não autoriza destruição sumária de balsas, diz DPE/AM em recurso ao TRF1

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para impedir a destruição sumária de balsas...

TJAM definirá se vícios processuais invalidam condenação de mãe e irmão de Djidja por tráfico

Revisor liberou o caso para pauta de julgamento; Ministério Público só admite anulação parcial por falta de intimação sobre laudos periciais.   O Tribunal de Justiça...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Proteção ambiental não autoriza destruição sumária de balsas, diz DPE/AM em recurso ao TRF1

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para impedir...

STF discute limites da multa isolada em matéria tributária

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, pela quinta vez, o julgamento sobre o caráter confiscatório da chamada multa isolada,...

TJAM definirá se vícios processuais invalidam condenação de mãe e irmão de Djidja por tráfico

Revisor liberou o caso para pauta de julgamento; Ministério Público só admite anulação parcial por falta de intimação sobre...

Motorista que teve carro danificado por bueiro deve ser indenizado pela prestadora

A 3ª Turma Recursal manteve decisão que condenou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) a indenizar...