Balneário Residencial Tarumã em Manaus terá que aguardar a regularização pretendida

Balneário Residencial Tarumã em Manaus terá que aguardar a regularização pretendida

A regularização do Balneário Residencial Tarumã, com a execução de obras de infraestrutura, segundo decisão da justiça do Amazonas, em acolhida à ação civil pública, a ser promovida pelo Município de Manaus no prazo de 220 dias ainda terá que aguardar um longo período de tempo. O Município conseguiu, via recurso, anular a decisão de primeira instância ante a nulidade da chamada ao processo dos loteadores irregulares, por terem responsabilidade subsidiária. Em segunda instância, o processo foi relatado pelo Desembargador Yedo Simões de Oliveira. 

No julgado se considerou posição jurídica do Superior Tribunal de Justiça, que uniformizou o entendimento da matéria, considerando ser dever do entre público municipal a regularização de loteamentos clandestinos ou irregulares, com atuação restrita às obras essenciais a serem implantadas de acordo com a legislação urbanística local. 

Conforme consta na decisão, a responsabilidade do Município, no que tange à fiscalização, e à regularização do loteamento irregular, é subsidiária, ou seja, o Município responde somente nas hipóteses em que o loteador não possa fazê-lo.

Considerou-se, no mérito do julgamento, que ‘inexistindo dúvida de que houve parcelamento irregular do solo, almejando a empreitada de comercialização de lotes, sem a adoção das obrigações legais para o registro, cumpre reconhecer a legitimidade passiva dos loteadores, em face da violação da lei 6.766/1979, devendo haver sua citação para compor o polo passivo como litisconsorte necessário”. 

O loteamento Balneária Residencial Tarumã foi implantado de forma irregular, sem observação de procedimentos exigidos em lei e, segundo a prefeitura, o próprio órgão expediu notificações para que os loteadores concluíssem as obras do loteamento. A regularização tende a esperar. 

Processo nº 0213776-15.2011.8.04.0001

Leia o acórdão:

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Apelação Cível n.º 0213776-15.2011.8.04.0001. Apelante: Município de ManauS. EMENTAAPELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ORDEM URBANÍSTICA. LOTEAMENTO COM PARCELAMENTO DO SOLO DE FORMA IRREGULAR. PROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO. PRELIMINAR DO RECORRENTE. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ENTE MUNICIPAL. INOCORRÊNCIA. DEVER DO ENTE DE REGULARIZAR LOTEAMENTOS IRREGULARES OU CLANDESTINOS. ENTENDIMENTO DA PRIMEIRA SEÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO. SOLIDÁRIA QUANTO À IMPUTAÇÃO E SUBSIDIÁRIA QUANTO À EXECUÇÃO. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. MÉRITO. LEGITIMIDADE PASSIVA O LOTEADOR. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. CHAMAMENTO AO PROCESSO. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. NULIDADE. RETORNO DOS AUTOS PARA CITAÇÃO DOS LOTEADORES. SENTENÇA ANULADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO

Leia mais

STJ mantém exclusão de candidato por falta de certidão exigida em edital de seletivo no Amazonas

A ausência de documento previsto expressamente em edital de processo seletivo simplificado justifica a eliminação do candidato, não cabendo ao Poder Judiciário flexibilizar regras...

MPAM investiga desabastecimento de medicamentos psiquiátricos na rede pública de Manaus

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 54ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública,...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Comissão aprova projeto que prevê o direito de escolha da pessoa idosa sobre formas de cobrança

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 2 de julho,...

Justiça decide que cliente não é responsável por danos a terceiros em carro alugado

A juíza Fláviah Lançoni Costa Pinheiro, da 15ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, absolveu uma mulher que foi...

Operação combate violência contra mulheres e mobiliza 50 mil agentes

No mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, conhecido como Agosto Lilás, tem início mais uma edição...

Cantadas e uso obrigatório de calça legging em serviço geram indenização a frentista

Pela prática de assédio sexual, abuso do exercício do poder diretivo e coação, sentença proferida na 2ª Vara do...