TSE confirma inelegibilidade do ex-governador do RJ Luiz Fernando Pezão

TSE confirma inelegibilidade do ex-governador do RJ Luiz Fernando Pezão

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou posicionamento do Ministério Público Eleitoral e, em sessão realizada nesta quinta-feira (14), confirmou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) que declarou o ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) inelegível por oito anos por abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014. Por maioria, o colegiado seguiu o voto do relator, ministro Luís Felipe Salomão.

Conforme denúncia do MP Eleitoral, quando ocupava a chefia do Executivo estadual, Pezão concedeu benefícios a empresas privadas detentoras de contratos com o governo fluminense, às vésperas do pleito daquele ano, quando ele disputava a reeleição. Como contrapartida, as companhias realizaram grande volume de doações à campanha do ex-governador. Essa prática representou uso desvirtuado do poder político e interferência do poder econômico, que causaram desequilíbrio na disputa eleitoral, afetando a legitimidade e normalidade do pleito.

No voto, Salomão reiterou ter havido desvio de finalidade nos contratos administrativos, celebrados entre o governo estadual e as empresas, bem como da realização dos respectivos pagamentos. Além da clara correspondência entre os repasses feitos pelo governo do estado do Rio de Janeiro e as doações eleitorais para o então governador, afirmou o ministro, existem fortes indícios de que os pactos tenham sofrido reajustes de modo irregular.

“Comprovada a prática pelo recorrente abuso de poder político e econômico de singular gravidade, penso que o caminho mais correto é manter-se o acórdão do TRE do Rio de Janeiro prolatado de maneira unânime e em consonância com o pronunciamento do representante do Ministério Público, declarando o ora recorrente inelegível por oito anos”, finalizou.

Prestação de contas – Também na sessão desta quinta-feira, o TSE desaprovou as contas do Partido Social Cristão (PSC) relativas ao ano de 2016. Seguindo parecer do MP Eleitoral, a Corte entendeu terem sido constatadas doações do órgão nacional do partido a diretórios estaduais no total de R$ 300 mil não contabilizadas. A agremiação não conseguiu comprovar a natureza ordinária do repasse.

Segundo o parecer do Ministério Público, a omissão de doações com recursos do Fundo Partidário e a correspondente ausência da comprovação do repasse à conta específica constitui irregularidade grave que compromete a lisura das contas de campanha. “Na hipótese, as irregularidades representam 13,14% dos recursos públicos utilizados em campanha, o que enseja a rejeição das contas, com determinação de suspensão das cotas do Fundo Partidário no mínimo legal de um mês a ser cumprido em duas parcelas”, determinou o relator, ministro Alexandre de Moraes, que foi acompanhado pelos demais ministros.

Fonte: Asscom TSE

Leia mais

Ausência de Inscrição suplementar de Advogado não permite ao Juiz extinguir processo

A regra da inscrição suplementar que impede o advogado de atuar em mais de cinco ações em estados onde ele não é inscrito na...

Verba de Gabinete paga a Vereador se subordina a lei e encontra limites, define TJAM

A verba de gabinete concedida a um vereador durante o exercício de suas funções parlamentares, sob a forma de indenização, requer previsão em lei....

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Cassação de registro de médico por violação à Código de Ética é regular

Jurisprudência da Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirma a legalidade de processo administrativo disciplinar...

Por falta de previsão não se anula acordo feito pelo advogado que representa trabalhador, diz TST

A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o recurso de um ex-vendedor...

Alteração unlateral benéfica da escala de trabalho pelo empregador não motiva rescisão indireta

A 6ª Turma do TRT da 2ª Região confirmou sentença que negou pedido de rescisão indireta a empregada que...

Atraso na viagem de ônibus implica em indenização a passageiro pela empresa

Conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade do fornecedor é objetiva. Isso significa que...