O silêncio de Bolsonaro se contradiz à retórica golpista dos últimos meses

O silêncio de Bolsonaro se contradiz à retórica golpista dos últimos meses

Desde ontem à noite, após a proclamação pelo TSE-Tribunal Superior Eleitoral, anunciando a vitória  do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Bolsonaro, derrotado nas urnas, se recolheu e não mais se pronunciou. Um assessor do presidente, no domingo, chegou a comunicar aos ministros do governo que tentaram falar com Bolsonaro que este já havia se recolhido para dormir. Uma opção clara pelo silêncio, o que contradiz os próprios discursos golpistas que Bolsonaro levantou durante toda a campanha. 

Por diversas vezes Bolsonaro, neste segundo turno das eleições sinalizou que poderia não reconhecer a vitória de Lula, levantando o temor de uma ofensiva semelhante a vivida nos Estados Unidos da América e que foi protagonizada pelo ex presidente Donald Trump, que, em janeiro de 2021, instigou a invasão da sede do Congresso americano por uma turba de apoiadores radicais, com o objetivo de impedir a oficialização da derrota sofrida por Biden. 

Na contramão da retórica golpista, vários aliados de Bolsonaro fizeram pronunciamentos a favor da Democracia, no dia de ontem. Arthur Lira, do PP, de Alagoas foi a primeira grande liderança política a se manifestar, ontem, após a oficialização da vitória de Lula por Alexandre de Moraes. Em pronunciamento, Lira parabenizou o presidente eleito e afirmou que ‘a vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada’. 

Durante a coletiva, no dia de ontem, ante o Tribunal Superior Eleitoral, se encontrava presente o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Rodrigo recebeu os agradecimentos de Moraes pelo seu reconhecimento à necessidade de defesa da Democracia. Na ocasião, Moraes foi indagado por um jornalista do Estadão acerca de dúvidas sobre a continuidade do processo eleitoral. Moraes respondeu que não há dúvidas. Lula será diplomado e posteriormente empossado. Quanto a fissuras existentes, Moraes considerou que são circunstâncias normais de um Estado Democrático de Direito. 

Leia mais

Justiça nega pedido de indenização contra Águas de Manaus por buraco deixado após obra

O 1º Juizado Especial Cível de Manaus decidiu que a Águas de Manaus não terá que pagar indenização por danos morais a um morador...

iFood é condenado a pagar R$ 2 mil a consumidor por bloquear conta com saldo disponível

A Justiça do Amazonas condenou o iFood a pagar R$ 2 mil de indenização por danos morais a um consumidor que teve sua conta...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Ação pede R$ 4 bi à Braskem por desvalorização de imóveis em Maceió

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas pediu indenização de R$ 4 bilhões pelo acidente geológico que provocou o afundamento do...

Nova MP tenta evitar alta na conta de luz após derrubada de vetos

Uma medida provisória publicada nesta sexta-feira (11) busca reduzir a alta na conta de luz provocada pela derrubada no...

Ex-gerente da Caixa é condenado a indenizar banco em mais de R$ 2 milhões por prejuízos causados

A 2ª Vara Federal de Uruguaiana (RS) condenou um ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) a pagar mais de...

Juíza defende reconhecimento de agentes educativas como professoras

A juíza Leila Cristina Ferreira, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Piracanjuba (GO), determinou que três agentes educativas...