Há juízes que sequer moram nas cidades sedes de suas comarcas após o trabalho remoto

Há juízes que sequer moram nas cidades sedes de suas comarcas após o trabalho remoto

Na ‘disputa’ entre o CNJ que quer o retorno das atividades presenciais dos magistrados em todo o país, a instituição que tem o controle administrativo do Judiciário se esbarra em uma série de dificuldades e de denúncias. Há magistrados que, após o trabalho remoto sequer moram nas cidades sedes de suas comarcas, com notícias de que alguns estejam, inclusive, fora do país. Essa circunstância representa uma grave infração. A própria Constituição Federal determina que seja dever do magistrado morar na comarca onde presta jurisdição. 

Em inspeções realizadas pela Corregedoria Nacional de Justiça há evidências de prédios sedes de Tribunais de Justiça esvaziados, inclusive aqueles que ficam próximos à sede do CNJ, em Brasília. Noutro giro, cresce o número de denúncias de advogados, que atestam a não frequência desses servidores ao trabalho. 

O CNJ informa, no entanto, que até o momento foram instaurados procedimentos apuratórios, mas nem todos irão se transformar em processo, porque a averiguação é preliminar e parte delas deve ser analisada em conjunto com regras específicas de cada tribunal de justiça. Mas a preocupação é que há uma situação que evidencia a redução da estrutura judicial, com a ‘debandada’ de juízes e servidores de seus locais de trabalho. 

A regra de que o juiz deva morar na sua Comarca importa em controle de legalidade que deve ser exercida pelos tribunais, e pode implicar, na sua ausência, na adoção de procedimento para apurar a omissão de um fato em concreto, por iniciativa do CNJ. 

Leia mais

Rede elétrica fora do padrão técnico atrai responsabilidade objetiva e leva à indenização por concessionária

A permanência de fios de alta tensão abaixo da altura regulamentar, em desrespeito a normas técnicas de segurança, caracteriza falha na prestação do serviço...

Quem usa cartão consignado por anos não pode, depois, alegar que foi vítima de engano no negócio

Quem age, por longo tempo, como se o contrato existisse — pagando valores e utilizando os serviços — não pode depois negar essa relação...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça assegura direito de sócios a extratos bancários da empresa

Os sócios têm direito fundamental à informação e à transparência nas relações contratuais da empresa, especialmente quando se trata...

Justiça obriga fábrica de cosméticos a indenizar INSS por explosão com vítimas

A 1ª Vara Federal de Carazinho (RS) condenou uma fábrica de cosméticos do município a ressarcir o Instituto Nacional...

Empresa é punida pelo TRT-2 por litigância predatória reversa

A 12ª Turma do TRT-2 confirmou sentença da 2ª Vara do Trabalho de Santos-SP e condenou empresa de logística...

Justiça nega pedido de acúmulo de função feito por motorista

A 7ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região negou provimento ao pedido de um motorista de...