Ausência de prévio estudo de impacto ambiental em pavimentação no Castanho é apurada pelo TCE/AM

Ausência de prévio estudo de impacto ambiental em pavimentação no Castanho é apurada pelo TCE/AM

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, Mário Manoel Coelho de Melo, admitiu representação formulada pelo Procurador Ruy Marcelo Alencar de Mendonça em face do Instituto de Proteção Ambiental (IPAAM), sob a responsabilidade de Juliano Marcos Valente e Souza. A representação acolhida narra que a Empresa Compasso Construções, Terraplenagem e Pavimentações Ltda realizou contrato de obra pública com a SEINFRA, no valor de R$12.633,572,04, referente a obra de pavimentação do Ramal da Cabeceira do Purupuru, localizado no Km 22, margem esquerda da BR-319, com extensão total de 8,81 km, em área florestal predominantemente de várzea, sem a realização de prévio estudo de impacto ambiental. 

Para o Procurador de Contas do MPC/AM, não consta referência a qualquer estudo prévio nem plano de controle ambiental com suspeita de que o IPAAM teria liberado os empreendimentos sem fazer cumprir a Constituição Federal. A preocupação é que ocorra pavimentação de estrada encravada na floresta amazônica sem o necessário estudo das implicações ambientais que possa causar.

A representação é direcionada, também, contra a SEINFRA e a empresa construtora, nas pessoas de seus respectivos titulares. O Ministério Público de Contas registra que, tecnicamente, a dispensa de licenciamento ambiental por presunção relativa ocorre quando se permite lançar ausência de risco de impacto, que pode sobrevir em recuperação de ramal e em atividades de conservação, restauração e melhorias permanentes das rodovias.

A obra atacada teria contexto diverso, pois, “muito embora tenha sido definida nominal e formalmente como de recuperação do Ramal, o que se constata pelas cláusulas e projetos de engenharia, é que se trata de autêntica obra de pavimentação asfáltica de estrada originalmente de terra cravada em meio florestal alagadiço e cercada de corpos hídricos, sem a fixação de cumprimento dos requisitos necessários para evitar danos socioambientais”, firmou a representação. 

Na decisão, ao acolher o pedido formulado pelo Ministério Público, a Presidência do TCE/Am determinou a remessa dos autos ao Conselheiro Relator, para apreciação da medida cautelar requestada. 

Leia a decisão nas págs. extraídas do Diário Oficial do MPAM, de 29 de outubro de 2021

Leia mais

Homem é condenado a mais de 10 anos e obrigado a pagar R$ 20 mil por tentativa de feminicídio em Manaus

Após agredir e tentar matar a companheira em via pública, o réu Renato Ferreira Peixoto foi condenado a 10 anos e 11 meses de...

Ação proposta após três anos não demonstra perigo da demora, afirma desembargador ao negar cautelar do MPAM

O Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) indeferiu pedido de medida cautelar formulado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) em Ação Direta...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Homem é condenado a mais de 10 anos e obrigado a pagar R$ 20 mil por tentativa de feminicídio em Manaus

Após agredir e tentar matar a companheira em via pública, o réu Renato Ferreira Peixoto foi condenado a 10...

Ação proposta após três anos não demonstra perigo da demora, afirma desembargador ao negar cautelar do MPAM

O Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) indeferiu pedido de medida cautelar formulado pelo Ministério Público do...

Valor da indenização por erro em cartão deve considerar o porte econômico do banco, diz Justiça

A fixação do valor de uma indenização por dano moral decorrente de equívoco em contrato bancário deve levar em...

Seguradora tem direito de reembolso por indenizar falhas da Amazonas Energia, decide Justiça

Decisão monocrática do TJAM confirma que a distribuidora responde objetivamente por danos elétricos e deve ressarcir valores pagos a...