Mulher que matou marido por ciúmes é condenada a 14 anos de prisão

Mulher que matou marido por ciúmes é condenada a 14 anos de prisão

A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama obteve a condenação de Elza Maria dos Santos pelo homicídio qualificado do seu companheiro, Ronan Felix da Silva. O crime teria sido motivado por ciúmes da vítima, que teria voltado a se relacionar com a filha, fruto de relacionamento anterior. A pena foi fixada em 14 anos de reclusão, em regime fechado. O julgamento foi realizado nesta terça-feira, 26 de setembro.

Os jurados aceitaram as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): motivo torpe, pois o crime foi cometido por ciúmes do marido, que voltou a se relacionar com a filha que teve com a ex-mulher; e meio cruel, já que a vítima foi surpreendida com facadas quando estava indo ao banheiro.

Entenda o caso

O crime ocorreu no dia 19 de março de 2015, por volta das 3h, na residência do casal, no Setor Sul, Engenho das Lajes, no Gama. Elza e Ronan viviam em união estável havia três anos, período que Ronan não teve contato com a ex-mulher e a filha que tiveram. A vítima tinha resolvido se reaproximar da filha e a atual esposa ficou com ciúmes. No dia do crime, Elza o surpreendeu pelas costas, quando estava indo ao banheiro, e o golpeou com 25 facadas.

Para o promotor de Justiça Lucas Salomé, o crime surpreende pela crueldade e pelo sentimento de posse. “O MPDFT tem buscado rigorosas punições para autores de feminicídio e outros crimes contra a mulher, mas, nesse caso, o que se viu foi o oposto: uma mulher que nutria sentimento egoístico de posse em relação ao marido, a ponto de controlar os lugares a que ele poderia ir e as pessoas com quem poderia ter contato. Outro ponto digno de nota é a extrema crueldade, pois a ré atacou a vítima pelas costas e o agrediu com 25 facadas em diversas áreas do corpo. Além disso, fugiu do local e deixou a vítima agonizando até a morte”, explicou.

Processo nº: 2015.04.1.005238-9

Com informações do MPDFT

Leia mais

Juiz não pode encerrar processo com aplicação de pena hipótetica, confirma STF em caso do Amazonas

A prescrição da pretensão punitiva com base em pena hipotética (prescrição virtual) é inadmissível por ausência de previsão legal, não podendo ser examinada por...

Curso de preparação para adoção realizado pela 2.ª Vara de Parintins também será oferecido em formato on-line

A 2.ª Vara de Parintins, responsável pela Infância e Juventude naquele município (a 370 quilômetros de Manaus), promoveu, neste mês de julho, o primeiro...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça mantém condenação à Google por não excluir domínio usado em golpes

Em processo que tratou da responsabilidade de registradoras de domínio pela manutenção de URLs fraudulentas, decisão da 3ª Câmara...

STF termina de ouvir testemunhas de núcleo 3; réus depõem na segunda

Os dez réus do núcleo 3 da trama golpista que é julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser...

Viúva de militar consegue restabelecimento de pensão referente ao soldo de Major

A União foi condenada a restabelecer o pagamento de pensão para uma viúva de militar com valores equivalentes ao...

Nova lei garante recursos do Fundo Social do petróleo para assistência estudantil

A Lei 15.169/25 inclui a assistência estudantil como prioridade na destinação de recursos do Fundo Social. A medida beneficia...