Efeitos patrimoniais da união estável exigem prova da comunhão dentro do período reivindicado

Efeitos patrimoniais da união estável exigem prova da comunhão dentro do período reivindicado

O Desembargador Délcio Luís Santos, do Tribunal de Justiça do Amazonas, confirmou que não seria lícito acolher o entendimento de que caberia, como pedido pela Agravante, a concessão de tutela de urgência para atender a apreensão pela justiça de valores de aluguéis de imóveis que foram adquiridos por um dos companheiros durante o período que ainda não existia a união estável narrada na inicial e cuja dissolução se debateu no processo. A agravante E.F.L, havia defendido a tese de que no período guerreado havia a relação estável com o companheiro ante convivência publica contínua, duradoura e com intenção de constituir família. A interessada não fez prova da comunhão de vida no período indicado. 

A  interessada, ao ter a pretensão negada em primeira instância, na ação de dissolução da sociedade conjugal, debateu o direito aos aluguéis, a ser deferido em tutela de urgência, mas a não existência da fumaça do bom direito, requisito essencial à concessão da medida, restou não demonstrado ante a ótica jurídica do juízo de primeiro grau. 

O recurso que teve a subida da decisão em segunda instância, debateu que essa prova existia, tanto que havia provas de que o casal havia, conjuntamente, se estabelecido comercialmente, além de que no período reivindicado houve o nascimento de uma criança, da qual o requerido era o pai biológico. 

Em segundo grau, na apreciação do agravo, a decisão firmou que ‘importa ressaltar que o simples fato de haver iniciativa conjunta para realização de empreendimento ou a existência de um filho não se prestar por si como questões aptas a configurar uma união estável, pois a exemplo, para concepção, basta uma simples relação sexual, sem nenhuma espécie de vínculo ou afeição conjugal’. A decisão também negou a majoração de alimentos provisórios.

Processo nº 4002051-30.2020.8.04.0000

Leia o acórdão:

AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 4002051-30.2020.8.04.0000. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO.RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. NÃO COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. MAJORAÇÃO.IMPOSSIBILIDADE. VALOR ARBITRADO QUE ESTÁ EM CONFORMIDADE COM AS NECESSIDADES DA ALIMENTADA E AS POSSIBILIDADES DO ALIMENTANTE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO

Leia mais

Justiça rejeita ANPP e mantém curso da ação penal contra blogueira considerada foragida

A Justiça do Amazonas rejeitou a homologação de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), em favor da blogueira Rosa Ibere Tavares Dantas, em...

Caso Benício: derrubada de salvo-conduto é oficialmente comunicada à Polícia Civil do Amazonas

O Tribunal de Justiça do Amazonas comunicou oficialmente à Polícia Civil a revogação do salvo-conduto concedido à médica investigada no caso da morte do...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

CNJ aprova criação da Certidão Nacional Criminal

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou por unanimidade, na terça-feira (9/12), resolução que institui a Certidão...

STF retoma julgamento do marco temporal na segunda-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar na próxima segunda-feira (15) o julgamento do marco temporal para demarcação de...

Mendes pede retomada virtual do julgamento do marco temporal

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (12) ao presidente da Corte, Edson Fachin,...

Por unanimidade, STF mantém decisão sobre perda do mandato de Zambelli

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que anulou...