Dois homens são presos por descumprirem medidas protetivas de urgência

Dois homens são presos por descumprirem medidas protetivas de urgência

As medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha visam resguardar a segurança e a integridade de mulheres que sofreram violência física ou psicológica. Sua principal função é impedir que os agressores se aproximem das vítimas. Descumprir essas ordens judiciais é crime e pode resultar em detenção. Em Fraiburgo, dois homens ignoraram medidas protetivas e estão presos preventivamente a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

“Nos dois casos, fez-se necessária a segregação cautelar dos investigados, exatamente porque as medidas protetivas não foram suficientes para garantir a segurança das vítimas, e porque os réus demonstraram o descaso com as decisões judiciais antes deferidas”, diz a Promotora de Justiça Andréia Tonin, que atua na área da violência doméstica contra a mulher.

Um dos homens não conseguiu entrar na casa da ex-companheira, então resolveu quebrar o vidro do carro dela com uma pedra para se vingar. A vítima foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e anexou imagens e mensagens de aplicativo que comprovam o descumprimento da medida protetiva de urgência reiteradas vezes. A Justiça expediu o mandado de prisão e prorrogou a medida protetiva por seis meses.  Ele teve a prisão convertida para preventiva, a pedido do MPSC, na audiência de custódia.

O outro réu convenceu a vítima a reatar o relacionamento, apesar da medida protetiva de urgência, mas na primeira oportunidade tomou bebidas alcoólicas e tornou-se agressivo, fazendo insinuações descabidas, imobilizando-a pelo pescoço e atirando-a no chão. Dois trabalhadores ouviram gritos de socorro e chamaram a Polícia Militar, e o homem foi preso em flagrante e indiciado por lesão corporal. Ele também teve a prisão convertida para preventiva na audiência de custódia, a pedido do MPSC.

A Promotora de Justiça incentiva as mulheres a denunciarem quem descumpre medidas protetivas. “Esses instrumentos legais visam afastar os agressores das vítimas justamente pelo histórico de violência, e os órgãos da rede de proteção estão preparados para dar todo o suporte necessário a elas”, conclui.

Com informações do MPSC

Leia mais

Empresa aérea que recusa justificativa médica e não restitui passagem deve indenizar, fixa Juiz no Amazonas

Mesmo reconhecendo que o mero aborrecimento não configura, por si só, dano moral, o Juiz Cid da Veiga Soares Júnior, da Vara Cível de...

Condomínio só responde por danos se houver prova de culpa ou falha na área comum, fixa TJAM

Decisão do TJAM esclarece uma dúvida comum entre moradores e síndicos: o condomínio não pode ser responsabilizado por qualquer dano ocorrido dentro dos apartamentos,...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Decisão do STF para beneficiar Judiciário tende a virar “cavalo de Troia” com risco de corte em despesas

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que atendeu a um pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) para...

TRF1 garante pensão por morte a viúva mesmo sem registro de desemprego do segurado

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) garantiu o direito à pensão por morte a...

Companhia aérea vai indenizar passageira que perdeu bodas de ouro de amigos após voo ser cancelado

A Justiça Potiguar atendeu parcialmente a um pedido de indenização por danos morais e materiais de uma cliente de...

Estado deve tratar paciente cardiopata com risco de morte súbita

A Justiça do RN julgou procedente uma ação movida por um homem diagnosticado com Miocardiopatia Hipertrófica com risco de...