A Corte de Apelação de Roma decidiu manter a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em regime fechado, mesmo após a parlamentar passar mal durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (13) e receber atendimento médico no local.
Segundo a defesa, será solicitada perícia para avaliar seu estado de saúde. Zambelli, detida no final de julho em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma, cumpre prisão no presídio feminino de Rebibbia, que está com lotação acima da capacidade.
A ordem de captura foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em junho, quando ela já se encontrava foragida da Justiça brasileira.
O pedido de prisão decorre de condenação unânime da Primeira Turma do STF a dez anos de reclusão e à perda do mandato parlamentar, por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica.
A decisão determinou ainda a comunicação imediata ao presidente da Câmara dos Deputados e a formalização do pedido de extradição ao governo italiano, com base no tratado bilateral Brasil–Itália.
Durante o trâmite, que pode se estender de um a dois anos, a defesa argumenta que as condições médicas da deputada justificariam sua libertação.
Em cartas divulgadas a apoiadores, Zambelli afirma manter-se “forte e corajosa” e critica o que chama de perseguição política. A expectativa de sua soltura, porém, foi afastada pela decisão do tribunal italiano, que optou por prosseguir com o processo de extradição em regime fechado.