STF confirma liminar que barrou destruição de provas obtidas com hackers

STF confirma liminar que barrou destruição de provas obtidas com hackers

A deliberação do Plenário do Supremo Tribunal Federal quanto à licitude dos meios para a obtenção de elementos de prova exige a valoração adequada e aprofundada de todo o seu conjunto.

Assim, o colegiado confirmou uma decisão liminar de 2019 que havia determinado a preservação das provas obtidas com hackers presos na operação “spoofing” da Polícia Federal, relativa às invasões de contas do Telegram de autoridades brasileiras e figuras envolvidas na “lava jato”. A sessão virtual se encerrou nesta segunda-feira (12/6).

Em julho daquele ano, pouco após tais mensagens virem à tona, o ex-juiz e então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (hoje senador pelo União-PR), informou que pretendia descartar o material apreendido com os suspeitos presos. Na sequência, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acionou o STF para impedir que Moro destruísse as provas.

No mês seguinte, o ministro Luiz Fux concedeu a liminar. Ele expôs “receio de que a dissipação de provas possa frustrar a efetividade da prestação jurisdicional”. Segundo o magistrado, “a salvaguarda do acervo probatório é essencial para a adequada elucidação de todos os fatos relevantes, mormente porque a eliminação definitiva de elementos de informação reclama decisão judicial”.

Logo depois, Moro mudou sua versão e disse ao Supremo que não houve qualquer determinação administrativa para destruição do material colhido com os hackers presos. O ex-juiz afirmou que não tinha acesso ao inquérito policial e que a decisão sobre o destino do material é de competência do Judiciário.

Após quase quatro anos, o caso foi levado ao Plenário e a liminar foi referndada. O ministro Dias Toffoli, que em 2020 substituiu Fux na relatoria da ação, reafirmou os fundamentos da decisão e foi acompanhado por todos os demais colegas.

Leia o voto do relator

ADPF 605

Com informações do Conjur

Leia mais

STJ suspende análise de recurso sobre ICMS e manda processo voltar ao TJAM até decisão final do STF

Com o julgamento do Tema 1.266 ainda pendente no STF, que decidirá sobre a validade da cobrança do DIFAL/ICMS em 2022, recursos sobre a...

Ortobom deve indenizar consumidor por atraso e entrega incorreta de produtos em Manaus

Violar a expectativa do consumidor, especialmente quando envolve bens de uso diário e essencial, como cama e colchão, atinge direitos fundamentais da personalidade, como...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

STJ suspende análise de recurso sobre ICMS e manda processo voltar ao TJAM até decisão final do STF

Com o julgamento do Tema 1.266 ainda pendente no STF, que decidirá sobre a validade da cobrança do DIFAL/ICMS...

Ortobom deve indenizar consumidor por atraso e entrega incorreta de produtos em Manaus

Violar a expectativa do consumidor, especialmente quando envolve bens de uso diário e essencial, como cama e colchão, atinge...

Câmara aprova projeto que amplia número de deputados federais

Projeto de lei complementar (PLP), aprovado na noite dessa terça-feira (6) pelo plenário da Câmara dos Deputados, aumenta de 513...

DPE-AM abre procedimento coletivo para promover regularização fundiária para mil famílias

A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) instaurou um Procedimento Coletivo (PC) para promover a regularização fundiária e reforma urbana...