LGBQIA+ com ativista Andira Angeli, da Casa Miga, debate defesa de direitos no MPAM

LGBQIA+ com ativista Andira Angeli, da Casa Miga, debate defesa de direitos no MPAM

Na manhã desta segunda-feira (03/02), o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) promoveu uma reunião com Andira Angeli, vice-presidenta da Casa Miga – Centro de Referência e Casa de Acolhimento para pessoas LGBTQIAPN+ do Norte.

O encontro contou com a participação das promotoras de Justiça Cláudia Maria Raposo da Câmara e Karla Cristina da Silva Reis e teve como foco a atuação do órgão na defesa dos direitos da população trans e no acompanhamento de políticas públicas afirmativas.

Durante a reunião, foi destacada a importância da Ouvidoria-Geral do MPAM como ferramenta ágil para cadastro de denúncias. A promotora Karla Cristina enfatizou que o canal pode ser utilizado para relatar movimentos de desmonte de direitos já conquistados.

“Em casos de violação ou ameaça de violação de direitos, como a revogação de programas ou a redução de vagas em políticas públicas, é possível acionar diretamente as promotorias responsáveis. Esse acesso direto agiliza a resposta da instituição, sem a necessidade de agendamentos ou protocolos presenciais”, explicou.

Outro tema abordado foi o impacto de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que afetam diretamente a comunidade trans. Entre eles, a PL-317, que propõe restrições a tratamentos de transição de gênero, incluindo cirurgias e terapias hormonais, e a PL-372, que estabelece o critério do sexo biológico para testes físicos em concursos públicos.

Andira Angeli criticou a dificuldade enfrentada pela população trans no acesso ao mercado de trabalho. “Já é raro encontrar pessoas trans em ambientes institucionais, e agora surge mais uma barreira. Sem políticas afirmativas, a inclusão fica ainda mais comprometida”, pontuou.

A promotora Cláudia Câmara ressaltou que, embora o MP não tenha poder de interferência direta na tramitação de projetos legislativos, a instituição pode fiscalizar e cobrar a implementação de políticas públicas voltadas para a população trans. “O Ministério Público é sensível à causa e continuará cobrando ações que garantam direitos e inclusão”, declarou.

Denúncias recebidas pela Ouvidoria são cuidadosamente analisadas e direcionadas às promotorias responsáveis, que avaliam a necessidade de medidas judiciais ou extrajudiciais.

Leia mais

Justiça nega pedido de indenização contra Águas de Manaus por buraco deixado após obra

O 1º Juizado Especial Cível de Manaus decidiu que a Águas de Manaus não terá que pagar indenização por danos morais a um morador...

iFood é condenado a pagar R$ 2 mil a consumidor por bloquear conta com saldo disponível

A Justiça do Amazonas condenou o iFood a pagar R$ 2 mil de indenização por danos morais a um consumidor que teve sua conta...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Ação pede R$ 4 bi à Braskem por desvalorização de imóveis em Maceió

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas pediu indenização de R$ 4 bilhões pelo acidente geológico que provocou o afundamento do...

Nova MP tenta evitar alta na conta de luz após derrubada de vetos

Uma medida provisória publicada nesta sexta-feira (11) busca reduzir a alta na conta de luz provocada pela derrubada no...

Ex-gerente da Caixa é condenado a indenizar banco em mais de R$ 2 milhões por prejuízos causados

A 2ª Vara Federal de Uruguaiana (RS) condenou um ex-gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) a pagar mais de...

Juíza defende reconhecimento de agentes educativas como professoras

A juíza Leila Cristina Ferreira, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Piracanjuba (GO), determinou que três agentes educativas...