Segundo o jornal o Estadão, o governo de Jair Bolsonaro tentou, em 2021, fazer ingressar no território nacional, presentes para a ex-primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, que foram doadas pelo governo da Arábia Saudita, estimados em R$ 16,5 milhões. Cuidou-se de joias presenteadas a Michele e que foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
As joias teriam sido encontradas na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que viajara ao Oriente Médio, em outubro de 2021. O ex-ministro teria tentado liberar as joias retidas pela Receita Federal, sem sucesso, indica o jornal. Houve retenção dessas joias pela Receita.
O jornal também noticia que Bolsonaro tentou reaver essas joias, sem sucesso, inclusive no dia 29 de dezembro de 2022. O argumento foi o de que não poderia ter nada do governo antigo para o próximo.
A retirada legal das joias da Receita Federal implicaria no pagamento de tributos, estimados em R$ 12, 3 milhões. A Receita insistiu em que a retirada dos bens somente poderia ser realizado com o pagamento dos impostos devidos.
Oficialmente, inclusive por determinação do Tribunal de Contas da União, todos os presentes que sejam doados por governo estrangeiro ao presidente da República, integram o patrimônio da União.
Ex-presidentes somente podem ficar com lembranças de caráter personalíssimo. Segundo o Estadão, Michele teria ironizado no Instagram: “Quer dizer que ‘eu tenho tudo isso’, não estava sabendo? Imprensa vexatória’.