Justiça mantém decisão que concedeu tratamento ‘Home Care’ por ser indispensável à saúde do autor

Justiça mantém decisão que concedeu tratamento ‘Home Care’ por ser indispensável à saúde do autor

Tendo o estado de saúde do paciente sido o motivo pelo qual foi a juízo relatar sobre a necessidade do ‘home care’ negado administrativamente e se convencendo o juiz de que os fatos narrados e acompanhados por documentos médicos comprovam as condições precárias de saúde do autor, não se altera a decisão que concedeu a tutela de urgência, mormente quando o plano de saúde alega no agravo que as circunstâncias que recomendam esse tratamento não foi demonstrada e os autos foram instruídos com provas convincentes da urgência, firmou o Desembargador Yedo Simões de Oliveira, do TJAM. 

Não pode prevalecer a recusa do plano, sob a alegação de que o paciente não preenche os requisitos para a solicitação daquele tratamento, porquanto compete ao médico indicar o procedimento mais adequado e eficiente ao seu paciente. Havendo cobertura para a patologia, o tratamento deve ser fornecido, como tenha sido o caso da causa examinada, deliberou o Relator, rejeitando o recurso da Postal Plano de Saúde. 

O Home Care foi concedido como medida provisória, em tutela de urgência, contra a qual o plano de saúde se insurgiu, sob o argumento de que não havia previsão contratual. Entretanto, no que que toca à ausência de obrigatoriedade de fornecer procedimento não previsto no rol 428 da ANS e à sua taxatividade, a disposição se encontra  revogada na própria resoluçaõ, por expresso conteúdo do Art. 465 do Regulamento da ANS. 

Ademais, constou no julgado, que “impende gizar que não pode o plano de saúde se sobrepor à decisão do médico responsável pelo tratamento, a quem incumbe a eleição do tratamento adequado ao paciente, o que inclui a necessidade de sua internação para realização de procedimento cirúrgico ou o tratamento home care”.

Processo: 4002908-13.2019.8.04.0000   

Leia a ementa:

Agravo de Instrumento / Planos de Saúde Relator(a): Yedo Simões de Oliveira Comarca: Manaus Órgão julgador: Segunda Câmara Cível Data do julgamento: 11/12/2023Data de publicação: 11/12/2023Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO “HOME CARE”. REQUISITOS AUTORIZADORES. PREENCHIMENTO. MULTA. ADEQUAÇÃO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO

Leia mais

Prisão em flagrante e testemunhos superam falhas no reconhecimento pessoal, fixa TJAM

Ainda que o reconhecimento não tenha seguido o rito previsto em lei, o tribunal considerou que ele foi corroborado por depoimentos de policiais prestados...

Empresa de fidelidade é condenada por descontos em aposentadoria de idoso

Durante meses, um aposentado via desaparecer de sua conta bancária valores que variavam entre R$ 61,90 e R$ 99,90. O destino era sempre o...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

STF valida alta programada e fim automático de auxílio-doença do INSS

Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou a regra que autoriza o fim automático, em 120...

Justiça do Rio mantém indenização a músicos retirados à força do metrô

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), por meio da 8ª Câmara de Direito Privado, por unanimidade,...

Bolsonaro pode ser preso até dezembro se recursos forem rejeitados

O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados condenados na ação penal da trama golpista podem começar a cumprir...

STJ vai fixar tese sobre limite de juros bancários acima da taxa média do Banco Central

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu afetar ao rito dos recursos repetitivos a controvérsia sobre a...