Redução de nota em concurso por critério genérico é ilegal, diz TJ-PR

Redução de nota em concurso por critério genérico é ilegal, diz TJ-PR

Não atribuir a nota máxima a candidato de concurso utilizando critérios genéricos e não previstos em edital é ilegal e viola direito líquido e certo do consursando.

A conclusão é da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, que confirmou sentença que atribuiu nota máxima a um candidato ao cargo de motorista do município de Pinhais (PR). O problema ocorreu na terceira fase do concurso, na prova que demanda simulação de atividade de carregamento e descarregamento de material.

O motorista deveria fazer manobra de aproximação do local de carregamento com o caminhão na marcha à ré, aguardar o carregamento do material na caçamba e se dirigir ao local de empilhamento para descarga.

O candidato cumpriu a rotina, mas não recebeu nota máxima porque foi avaliado de acordo com “critérios comuns” usados em concursos, segundo a banca organizadora do certame.

A defesa do candidato, feita pelo advogado Lucas Macedo, impetrou mandado de segurança alegando violação ao direito líquido e certo de ser avaliado conforme as previsões do edital.

Sem justificativa

Relator do caso no TJ-PR, o desembargador Carlos Mansur Arida destacou que o avaliador conferiu nota com base em critérios genéricos e abstratos, sem qualquer justificativa.

“Além disso, referidos conceitos não estavam previamente previstos no edital, violando o princípio da vinculação ao edital. Do mesmo modo, ao informar que os critérios eram prática comum em concursos públicos, as informações prestadas pelas autoridades coatoras foram genéricas, sem justificar o motivo de redução da nota do candidato”, destacou. Com a decisão, o candidato obteve nota máxima na terceira fase do certame.

Remessa Necessária 0009878-86.2024.8.16.0033

Com informações do Conjur

Leia mais

Caso Benício: pedidos reiterados de prisão preventiva são negados pela Justiça; defesa pede HC preventivo

A morte do menino Benício, ocorrida em 23 de novembro, durante atendimento médico em uma unidade hospitalar de Manaus, deu origem a inquérito policial...

Ordem legal: Justiça mantém fechada adega interditada pela polícia no Amazonas

A Justiça do Amazonas manteve a interdição de uma adega em Manaus após reconhecer que a atuação da Polícia Militar ocorreu dentro do exercício...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Caso Benício: pedidos reiterados de prisão preventiva são negados pela Justiça; defesa pede HC preventivo

A morte do menino Benício, ocorrida em 23 de novembro, durante atendimento médico em uma unidade hospitalar de Manaus,...

“A República o exige”, diz Celso de Mello sobre código de conduta para ministros do STF

A adoção de regras formais de conduta para ministros do Supremo Tribunal Federal não constitui gesto simbólico nem resposta...

Ordem legal: Justiça mantém fechada adega interditada pela polícia no Amazonas

A Justiça do Amazonas manteve a interdição de uma adega em Manaus após reconhecer que a atuação da Polícia...

O limite não é a sentença: STJ admite prescrição pela metade se réu tinha mais de 70 anos na data do acórdão

O Superior Tribunal de Justiça decidiu que é possível aplicar a redução pela metade do prazo prescricional, prevista no...