O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, firmou que a OAB manterá uma atuação técnica e ponderada quanto ao Indulto concedido pelo Presidente Jair Bolsonaro a Daniel Silveira. Simonetti diz que as paixões políticas que afloram na sociedade não se servirão para a posição da Ordem, que velará pela independência dos Poderes, da cidadania e da democracia. O Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal se constituem em primórdios a serem defendidos pela instituição.
A OAB já dispõe de dois pareceres, um aprovado em maioria, e outro à minoria, sobre o decreto do Presidente da República. O parecer, acolhido em maioria é o de Lenio Streck, que adotou o entendimento de que a Graça não foi o instrumento adequado para contestar a pena imposta pelo STF a Silveira, pois deveriam ter sido utilizados outros meios apresentados ao próprio Supremo Tribunal Federal.
O parecer, acolhido em minoria, é o de Adriano Zanotto, firmando que não houve inconstitucionalidade no decreto e concluindo que o ato se constituiu em prerrogativa do Presidente da República. Ambos os pareceres foram apreciados pela Comissão Nacional de Estudos Constitucionais do Conselho Federal da OAB. A deliberação sobre o posicionamento final da OAB virá com a manifestação do Plenário, formado por 81 Conselheiras e Conselheiros Federais.