A Procuradoria-Geral de Justiça obteve, nesta segunda-feira (05/08), junto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), a condenação da deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha, por peculato. Por maioria de votos dos desembargadores, a parlamentar foi condenada a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto. Lucinha também foi condenada à perda do mandato e ao pagamento de multa.
Lucinha é ré neste processo desde 2017, quando o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a parlamentar por nomear Baltazar Menezes dos Santos para um cargo comissionado em seu gabinete, de fevereiro de 2011 a agosto de 2015. Durante esse período, ele prestou serviços particulares para Lucinha como pedreiro e cabo eleitoral em locais de interesse político da deputada. As alegações finais foram subscritas pelo Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, através da Assessoria de Atribuição Originária Criminal (AAOCRIM/MPRJ).
Na denúncia, o MPRJ afirmou que Baltazar nunca exerceu qualquer função na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), mas prestava serviços de pedreiro e auxiliar de serviços gerais nas propriedades particulares da parlamentar e de seus correligionários.
O prejuízo para o erário com a contratação do “funcionário fantasma” somou R$ 173.470,57, considerando os 56 meses em que ele recebeu uma remuneração líquida de cerca de R$ 3 mil. A investigação apontou que era evidente o vínculo empregatício particular entre a denunciada e Baltazar, uma vez que o pedreiro, após ser exonerado do cargo público em 31 de agosto de 2015, ingressou com uma reclamação trabalhista contra a parlamentar.
Cabem recursos aos Tribunais Superiores, além de embargos de declaração no próprio TJRJ.
MPRJ obtém condenação de deputada estadual pelo crime de peculato
MPRJ obtém condenação de deputada estadual pelo crime de peculato
