As invasões de terra pelo MST-Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra estão cada vez mais no centro das críticas de entidades do agronegócio brasileiro e de lideranças do setor. Associações produtivas do agronegócio, como a Iba afirmam que as invasões na Bahia desrespeitaram a legislação e, em vez de promoverem a justiça social, provocam prejuízos econômicos e sociais em risco de emprego e renda. Para o Iba, o MST ao invadir terras comete crime e cobram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que contenha as ações do movimento popular.
Integrantes do MST invadiram três fazendas da Suzano Celulose no extremo sul da Bahia, na madrugada do dia 27 de fevereiro e o ato foi justificado como tentativa de pressionar a empresa a cumprir acordo de 2011, que envolvera a cessão de terras para assentar 600 famílias.
A SRB (Sociedade Rural Brasileira) divulgou em nota assinada por seu presidente, Sérgio Bortolozzo, que o crescimento dos movimentos do MST ferem o direito à propriedade privada e provoca insegurança no campo.
A FPA- Frente Parlamentar da Agricultura disse estar esperando uma resposta rápida, tanto de autoridades locais quanto do governo federal, para conter o movimento, e prega o uso da legalidade no lugar da violência.
A Aprosoja-Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo, foi uma das entidades que manifestou repúdio às invasões de terrra no sábado de Carnaval: ” Condenamos veementemente a relativização do direito de propriedade, a destruição de patrimônio e a barbárie de práticas criminosas que deveriam ter ficado no passado”, diz trechno do comunicado da associação.