No Maranhão, uma suposta organização criminosa é acusada de despejar cerca de 60 toneladas de munição no mercado ilegal do Brasil. Dois irmãos gêmeos são os líderes dessa organização e teriam conseguido agir, de acordo com as investigações iniciais, na razão de uma falha no sistema de controle de venda e estoque de munições do Exercíto, o Siscovem.
Segundo a Polícia Civil e a Promotoria de Justiça do Maranhão, membros da suposta organização introduziram por mais de um ano, de novembro de 2020 a março de 2022, informações falsas no sistema do Exército, que não foram percebidas até que investigadores solicitassem tais dados aos militares.
A fraude não teria sido detectada mesmo sendo bastante primária e facilmente perceptível, conforme aponta o relatório policial. O método consistiria no uso de um mesmo de Craf (Certificado de Registro de Arma de Fogo) para várias vendas de munições lançadas a uma série de nomes hipoteticamente falsos.
O Siscovem é um sistema usado pelo Exército cujo objetivo é realizar o controle, em tempo real e on line, da venda de munição do fabricante a estabelecimentos comercias, e conseguinte, dos lojistas ao consumidor final, evitando, assim, possíveis desvios.