O TSE- Tribunal Superior Eleitoral- por 7X0, leia-se, à unanimidade, julgou um pedido de suspeição interposto por Jair Messias Bolsonaro contra o Ministro Alexandre de Moraes, declarando a improcedência do requerimento, mantendo-se Moraes incólume quanto à qualquer suspeita de prática de parcialidade contra o ex-presidente da República na Corte Eleitoral. Até Kássio Nunes rejeitou o pedido de Bolsonaro. Tudo se centrou numa ‘acusação’ contra Moraes de que, por ocasião de um julgamento de processo envolvendo Bolsonaro, em 27.09.2022, o ministro Moraes fez um gesto de ‘degola’.
Mediante o sinal da ‘gravata vermelha’, como também é conhecido o gesto, marcado pelo símbolo com as mãos levadas ao pescoço, indicando o corte, a equipe jurídica do ex-presidente tentou, mas não levou a melhor, não se concluindo por abuso de Moraes. A Corte Eleitoral concluiu que não houve nenhuma relação do gesto do ministro com o julgamento levado à efeito.
Registrou-se, no julgado, que o objetivo da exceção de suspeição, foi o de ‘apenas criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral’. Bolsonaro se embate na Corte Eleitoral com vários processos, o principal deles é aquele que o pode torná-lo inelegível para as próximas eleições, e tem, em Moraes, a visão de que seja seu inimigo numero um.
O gesto de degola, embora divulgado pela imprensa, nunca teve, até hoje uma explicação. O que se comentou, por ocasião dos fatos, foi que um funcionário havia retardado na entrega de documentos, ocasião em que o Ministro teria realizado o gesto, alvo do processo de suspeição.