Juiz extingue ação contra banco por suspeita de litigância de má-fé

Juiz extingue ação contra banco por suspeita de litigância de má-fé

Pela não apresentação de novo defensor que sustentasse o pedido inicial, a Vara Única de Lauro Müller (SC) extinguiu uma ação contra uma instituição financeira e determinou que a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraná (OAB-PR) seja notificada por suspeita de litigância de má-fé por parte da patrocinadora anterior.

O caso foi movido por uma idosa que questionava a contratação de um empréstimo. Ela pedia a restituição de valores e indenização por danos morais.

No entanto, a instituição informou que a havia tomado conhecimento de que a advogada propôs a ação sem o conhecimento da idosa. O banco pediu que a idosa fosse intimada para que confirmasse a outorga de poderes, bem como o interesse de ingressar com a ação.

Em depoimento, a mulher afirmou que não se lembrava do assunto e que “uns rapazes da advocacia” foram à casa dela sugerindo que entrasse com o processo. Ela declarou desconhecer o conteúdo de documentos que assinou junto a eles.

Intimada pelo juiz Danilo Silva Bittar, a antiga advogada não se manifestou. O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) mostrou-se favorável ao pedido do banco de expedição de ofício para apuração de possível infração ao Código de Ética da OAB pela profissional. Posteriormente, a idosa foi intimada, pessoalmente, para regularizar a representação processual, o que não aconteceu.

“Ante a inércia da parte autora diante da intimação para constituição de novo procurador, verifica-se a ausência de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo (regularidade de representação processual da parte), razão pela qual decreto extinto o processo sem resolução de mérito”, decidiu o magistrado.

Processo 5001144-76.2021.8.24.0087

Com informações do Conjur

Leia mais

Sem erro na matemática da pena que decretou a perda do cargo, militar tem revisão criminal negada

A revisão criminal não é instrumento para reavaliar o juízo de dosimetria regularmente fundamentado nem para rediscutir efeitos secundários da condenação — como a...

Suspensão indevida de energia elétrica gera dano moral com dispensa de prova, fixa TJAM

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve a condenação da Amazonas Distribuidora de Energia ao pagamento de indenização por danos...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

CNJ estabelece obrigação de regras mais transparentes para edição de atos normativos

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, na 14ª Sessão Ordinária de 2025, realizada nessa terça-feira (28/10), resolução que...

Sem erro na matemática da pena que decretou a perda do cargo, militar tem revisão criminal negada

A revisão criminal não é instrumento para reavaliar o juízo de dosimetria regularmente fundamentado nem para rediscutir efeitos secundários...

Suspensão indevida de energia elétrica gera dano moral com dispensa de prova, fixa TJAM

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas manteve a condenação da Amazonas Distribuidora de Energia ao...

Erro sobre os fatos impõe reforma de sentença se não avaliada a falta de informação ao consumidor, fixa Turma

Reconhecendo que a sentença de primeiro grau incorreu em erro de julgamento, ao violar o princípio da congruência e...