Advogado que ocupa cargo comissionado pode participar de lista sêxtupla

Advogado que ocupa cargo comissionado pode participar de lista sêxtupla

A Constituição Federal estabelece que o candidato a ocupar vaga decorrente do quinto constitucional destinado à advocacia deve ter notório saber jurídico e reputação ilibada com mais de dez anos de efetiva atividade profissional. Ela não impõe nenhum veto àqueles que exercem cargo ad nutum (comissionado).

Esse foi o entendimento do juiz federal convocado Sergio Wolney de Oliveira Batista Guedes, da 12ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para negar provimento a agravo da OAB-Pará contra decisão que suspendeu o Edital 01/2023 da OAB Pará que vetava a participação de advogados que exercem cargos comissionados do pleito.

No recurso, a OAB-PA sustenta que o veto é fundamentado no Provimento 102/2004 do Conselho Federal da OAB que proíbe que candidatos que estiverem ocupando cargo exonerável ad nutum se inscrevam no processo seletivo do quinto constitucional.

Ao analisar o caso, o relator apontou que o edital da OAB é ilegítimo ao criar uma restrição não prevista no texto constitucional.

 

“Friso ainda que a seleção mostra-se rigorosa, haja vista que o Tribunal de Justiça ainda deverá escolher os três candidatos a serem indicados ao Poder Executivo para a escolha final, exercendo a sua discricionariedade, de modo que não há se inferir que tal critério esteja impregnado inteiramente por elementos políticos ou preferências subjetivas, sugerindo que eventual ocupante de cargo comissionado não incompatível com a advocacia possa ter uma expressiva vantagem sobre os demais concorrentes”, resumiu.

Processo 1017559-79.2023.4.01.0000

Com informações do Conjur

Leia mais

Banco do Brasil é condenado a pagar R$ 15 mil a cliente de Manaus por cobrança indevida

Após cinco anos de descontos não autorizados, o Banco do Brasil foi condenado a indenizar um cliente de Manaus em R$ 15 mil. A...

Consumidor inadimplente não pode responsabilizar banco por negativação, define TRF1

Com a posição de que a responsabilidade do fornecedor não é absoluta e de que cabe ao consumidor adimplir pontualmente suas obrigações, Turma Recursal...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Banco do Brasil é condenado a pagar R$ 15 mil a cliente de Manaus por cobrança indevida

Após cinco anos de descontos não autorizados, o Banco do Brasil foi condenado a indenizar um cliente de Manaus...

Consumidor inadimplente não pode responsabilizar banco por negativação, define TRF1

Com a posição de que a responsabilidade do fornecedor não é absoluta e de que cabe ao consumidor adimplir...

Justiça manda PMAM pagar gratificação de curso a policial e afasta desculpa de contenção de despesas

A Justiça do Amazonas reconheceu a mora administrativa da Polícia Militar do Estado e determinou o pagamento da gratificação...

Justiça mantém condenação de 10 anos por estupro de vulnerável e posse de pornografia infantil

O Pleno Jurisdicional do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu negar revisão criminal, mantendo, assim, a condenação de...