Ministra diz ser injustificada a teimosia de TRT com entendimento de STF sobre vínculo trabalhista

Ministra diz ser injustificada a teimosia de TRT com entendimento de STF sobre vínculo trabalhista

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, classificou como injustificável a relutância do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região em aplicar o entendimento da corte ao anular acórdão que reconheceu vínculo empregatício entre uma empresa de seguros e um franqueado.

A decisão foi provocada por reclamação constitucional ajuizada pela companhia, alegando que o TRT-3 não respeitou o entendimento do STF firmado no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 324/DF, nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade 48 e 66 e nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 3.961 e 5.625.

Ao decidir, Cármen Lúcia lembrou que o Supremo tem anulado reiteradamente decisões da Justiça do Trabalho que reconhecem vínculo empregatício e que contrariam o entendimento firmado pelos ministros.

Ela lembrou que já havia anulado acórdão da 11ª Turma do TRT-3 em agosto de 2023, mas em 2024 os desembargadores do tribunal regional decidiram proferir nova decisão reconhecendo novamente o vínculo.

“A insistência da 11ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região em aplicar entendimento contrário ao estabelecido em precedentes vinculantes deste Supremo Tribunal não pode prevalecer, desrespeitando a autoridade do Supremo Tribunal Federal e estabelecendo insegurança jurídica no Poder Judiciário”, resumiu.

Diante disso, ela cassou o acórdão reclamado e ordenou que uma nova decisão seja proferida pelo TRT-3, dessa vez observando o determinado pelo STF no julgamento da ADPF 324, que julgou lícita a terceirização da atividade-fim.

 Rcl 65.825

Fonte Conjur

 

Leia mais

Presunção de dependência é suficiente para pensão por morte de segurado especial, diz Justiça

A Justiça Federal no Amazonas condenou o Instituto Nacional do Seguro Social a conceder pensão por morte à viúva de segurado especial rural, ao...

Banco e empresa de serviços são condenados por descontos sem lastro em conta de aposentada no Amazonas

A Justiça do Amazonas condenou solidariamente o Banco Bradesco e a empresa Binclub Serviços de Administração e Programas de Fidelidade Ltda. ao ressarcimento em...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Presunção de dependência é suficiente para pensão por morte de segurado especial, diz Justiça

A Justiça Federal no Amazonas condenou o Instituto Nacional do Seguro Social a conceder pensão por morte à viúva...

Banco e empresa de serviços são condenados por descontos sem lastro em conta de aposentada no Amazonas

A Justiça do Amazonas condenou solidariamente o Banco Bradesco e a empresa Binclub Serviços de Administração e Programas de...

Assinatura não basta: TJAM reafirma que ausência de transparência invalida contrato de cartão consignado

Decisão da desembargadora Lia Maria Guedes de Freitas, seguida à unanimidade pela Terceira Câmara Cível do TJAM, manteve o...

SP: Município e organizadores indenizarão peão que teve perna amputada em rodeio

A 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, em parte, decisão da Vara...