Dino libera emendas necessárias para cumprir piso da saúde

Dino libera emendas necessárias para cumprir piso da saúde

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, liberou nesta terça-feira (31/12) o empenho de emendas de comissão destinadas à saúde. Com isso, Dino atendeu a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União.

O total liberado, segundo o ministro do Supremo, é “apenas e tão somente o valor necessário” para que o Executivo cumpra o piso de gastos com a saúde. Durante a semana, a AGU afirmou que o valor é de cerca de R$ 370 milhões.

“Entendo que a relevância do direito fundamental à saúde — e do cumprimento do piso constitucional de gastos — justifica, no presente caso, a adoção de medidas de adaptação do processo legislativo orçamentário, de modo a permitir a contabilização de valores oriundos de ’emendas de comissão’”, disse o magistrado na decisão.

Os R$ 370 milhões referem-se às emendas de comissão empenhadas até o último dia 23 — e destinadas à saúde — em ofícios enviados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

No pedido encaminhado ao Supremo, a AGU afirmou que o bloqueio das emendas poderia levar ao descumprimento de uma cláusula constitucional fundamental: o patamar mínimo de despesas com saúde.

“À vista dos dados apresentados pelo Poder Executivo, mostra-se adequada e necessária a continuidade da execução de ’emendas de comissão’, com a finalidade exclusiva de permitir o alcance do patamar mínimo constitucional de despesas com saúde”, afirmou Dino.

O ministro determinou que as emendas devem ser confirmadas nas comissões dedicadas à saúde na Câmara e no Senado até o dia 31 de março de 2025. Se isso não ocorrer, o empenho será anulado.

Emendas de comissão

No dia 2 deste mês, Dino autorizou a retomada do pagamento de emendas, que estava suspenso desde agosto, mediante diversas regras de transparência. Ficou estabelecido que as emendas de comissão precisariam ser autorizadas pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado, com informações sobre as indicações dos parlamentares solicitantes ou apoiadores.

No dia 12, a Mesa Diretora da Câmara suspendeu o funcionamento de todas as comissões permanentes. Na sequência, 17 líderes partidários enviaram ao governo ofício pedindo o pagamento de 5.449 emendas, totalizando R$ 4,2 bilhões.

O drible levou Dino a bloquear o pagamento de emendas da Câmara. Ele destacou que não foram juntadas atas demonstrando que os valores indicados foram aprovados pelas comissões. Na segunda-feira (30/12), ele adotou entendimento semelhante para bloquear emendas de comissão do Senado.

“Não houve a juntada das atas aprovando as indicações (ou especificações) dos senhores líderes, o que conduz à mesma contradição visceral: como empenhar uma ’emenda de comissão’ cuja indicação do beneficiário e o valor a ser a ele repassado não foram aprovados pela comissão?”, questionou o ministro.

ADPF 854

Fonte: Conjur

Leia mais

Desrespeito à atuação da Defensoria Pública acarreta nulidade da sentença desde sua origem, decide TJAM

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) anulou sentença proferida em ação cível no município de Maraa, reconhecendo a nulidade...

Banco é condenado a pagar R$ 10 mil por falhar no repasse a pensionista no Amazonas

Sentença do juiz Cassio André Borges dos Santos concluiu que houve omissão do Bradesco  em creditar os valores na conta da autora, trazendo à...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Desrespeito à atuação da Defensoria Pública acarreta nulidade da sentença desde sua origem, decide TJAM

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) anulou sentença proferida em ação cível no município...

Banco é condenado a pagar R$ 10 mil por falhar no repasse a pensionista no Amazonas

Sentença do juiz Cassio André Borges dos Santos concluiu que houve omissão do Bradesco  em creditar os valores na...

Justiça mantém decisão que garante progressão com efeitos financeiros retroativos a servidor no Amazonas

Com decisão do Desembargador Domingos Jorge Chalub, a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) manteve...

Justiça condena hospital em Manaus a pagar R$ 25 mil por erro em cirurgia ortopédica

A ausência de produção de prova técnica que pudesse infirmar as graves intercorrências relatadas pela parte autora —...