Parlamentares estão se utilizando de Comissões no Congresso para emparedar integrantes da equipe ministerial de Lula. Um dos primeiros desse novo embate político foi Flávio Dino, do Ministério da Defesa. Há um aceno tático que demonstra uma das formas como a oposição pretende atacar o governo que no dia 10 de abril fez, apenas, 100 (cem) dias de empossado.
Depois de Dino, o próximo a ir ao paredão é o Ministro Silvio Almeida, Dos Direitos Humanos, que enfrentará o mesmo grupo de parlamentares. Para Dino, a desculpa foram possíveis informações sobre a ida do Ministro até a favela da Maré. O tema resultou, inclusive, numa representação de Flávio Dino, no STF, contra Eduardo Bolsonaro. Por conta do tema, entre ataque e defesa, o ministro retirou-se da ‘sala de reunião’ e foi chamado de fujão pelos parlamentares.
A Constituição determina que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão convocar Ministro de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Os parlamentares, embora usem o temo convite, estão, de fato, fazendo convocações.
O volume de ‘convites’ está aumentando e indica a desarticulação política do Palácio do Planalto . Outros ministros foram convocados para prestação de esclarecimentos. São eles Luiz Marinho, do Trabalho, Renan Filho, dos Transportes, Camilo Santana, da Educação, Nísia Trindade, da Saúde e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.