Concurso para magistratura no Judiciário paulista será presidido por mulheres

Concurso para magistratura no Judiciário paulista será presidido por mulheres

De forma inédita na história do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), um concurso público para juízes e juízas será presidido apenas por mulheres – tanto na titularidade como nas duas suplências. O 189º Concurso de Provas e Títulos de Ingresso na Magistratura abre inscrições na próxima segunda-feira (16/8), pelo site da Fundação Vunesp.

A presidente titular é a desembargadora Silvia Rocha. E, em suas ausências, pode ser substituída pelas desembargadoras Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida (1ª suplente) e Luciana Almeida Prado Bresciani (2ª suplente). A desembargadora Luciana também é a titular da Seção de Direito Público no concurso.

Em janeiro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma recomendação aos tribunais para observarem a composição paritária de gênero na formação das comissões organizadoras e bancas examinadoras de concursos para magistratura. A iniciativa busca estimular a participação institucional feminina no Poder Judiciário.

A conselheira do CNJ Ivana Farina afirma que a pesquisa A Participação Feminina nos Concursos para a Magistratura, publicada no ano passado, revelou que “em concursos com maior participação de mulheres nas bancas examinadoras, foi possível identificar também maiores percentuais de aprovação entre as mulheres inscritas”.

Logo após a promulgação da Constituição Federal, elas representavam 8,2% dos componentes das comissões organizadoras e 10% das bancas examinadoras. Mais de 30 anos depois, entre 2010 e 2020, as mulheres representaram apenas 22% dos integrantes de comissões organizadoras e 20% das bancas. E 30% das bancas não possuíam nenhuma mulher em sua composição.

“Obtivemos uma radiografia da participação feminina no Judiciário desde a Constituição de 1988. Atualmente, 38,8% dos cargos da magistratura são ocupados por juízas, número muito aquém da representatividade feminina em nossa sociedade, onde as mulheres correspondem a 51,6% da população”, destaca Ivana Farina.

Fonte: CNJ

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