Mãe, padrasto e conselheiro tutelar são condenados por tortura

Mãe, padrasto e conselheiro tutelar são condenados por tortura

A mãe e o padrasto da menina Mirella Dias Franco, de três anos, morta em maio do ano passado em Alvorada, e o conselheiro tutelar do caso foram condenados pelo crime de tortura contra a criança. A pena de Lilian Dias da Silva foi de 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado; a do padrasto Anderson Borba Carvalho Júnior em 28 anos e 4 meses em regime fechado e a do conselheiro tutelar Leandro Brandão em 5 anos de prisão, em regime semiaberto.

Além da pena de tortura por omissão, Leandro foi condenado também pelo crime de falsidade ideológica. A sentença determinou ainda a perda do cargo de conselheiro tutelar e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. A sentença foi proferida nesta terça-feira (4/9), pelo Juiz de Direito Alexandre Del Gaudio Fonseca, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Alvorada.

As penas da mãe e do padrasto aumentaram pela metade devido à continuidade dos atos de violência.

“Considerando a continuidade delitiva (art. 71 do Código Penal) quanto aos atos de violência (física e mental), desde o início da união estável com Anderson (quando passaram a conviver junto), aumento a pena pela metade (1/2), em razão do número de ocorrências (ossos quebrados, hematomas, queimadura, higiene precária, humilhações e omissões que resultaram na morte), o que totaliza uma pena de 13 (treze) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, a qual torno definitiva na ausência de outras modificadoras”, afirmou o magistrado ao fazer o cálculo da pena de Lilian.

Lilian, 25 anos, e Anderson, 28 anos, estão presos desde de junho de 2022. O terceiro réu, 37 anos, poderá apelar em liberdade.

Caso 

Segundo a denúncia do Ministério Público, a mãe e o padrasto, por diversas, vezes agrediram a menina, com violência física e mental. As agressões que ocorreram dentro da casa da família resultaram em hematomas, queimaduras e fraturas. Em um atendimento médico, houve encaminhamento para o Conselho Tutelar de Alvorada, no entanto, segundo a denúncia, o caso não teria sido averiguado. A última agressão, em 31 de maio de 2022,  resultou na morte da menina, levada já sem vida ao atendimento médico de emergência de Alvorada. Os exames apontaram hemorragia interna, além de hematomas em todo o corpo.

Com informações do TJ-RS

Leia mais

TCE-AM revoga suspensão de contratação emergencial de transporte escolar em Rio Preto da Eva

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) decidiu revogar a medida cautelar que havia suspendido a contratação emergencial de empresa para prestar...

Blogueira que atropelou personal trainer em acidente em Manaus pode ser condenada a indenizar família

A empresária Rosa Ibere Tavares Dantas será julgada pela Justiça do Amazonas pela suposta responsabilidade em acidente de trânsito que resultou na morte do...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

TCE-AM revoga suspensão de contratação emergencial de transporte escolar em Rio Preto da Eva

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) decidiu revogar a medida cautelar que havia suspendido a contratação...

PP e União Brasil lançam superfederação com promessas de disputar o Planalto em 2026

Mesmo com quatro ministérios no governo Lula (PT), os partidos PP e União Brasil oficializaram nesta terça-feira (29) a...

STJ decide que PagSeguro não é responsável por fraude em venda online feita por lojista

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o PagSeguro não deve ser responsabilizado por uma fraude cometida em...

STF invalida mais três leis municipais que proíbem linguagem neutra em escolas

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucionais leis dos municípios de Porto Alegre (RS), Muriaé (MG) e São Gonçalo...