Município do Rio pode suspender aulas por conta de conflitos, diz TJRJ

Município do Rio pode suspender aulas por conta de conflitos, diz TJRJ

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro validou uma lei do município de Volta Redonda que autoriza a suspensão temporária de aulas em escolas da rede municipal durante situações de conflitos em áreas próximas, a partir de deliberação da direção.

O entendimento do órgão foi o de que as hipóteses de limitação da iniciativa parlamentar estão taxativamente previstas no Artigo 61 da Constituição, que trata da reserva de iniciativa de lei do chefe do Executivo. Não é permitida a interpretação ampliativa de tal dispositivo.

O prefeito Antônio Francisco Neto alegou violação à separação dos poderes e à sua iniciativa privativa para legislar sobre a organização e funcionamento da administração municipal. Já a Câmara Municipal apontou que a norma busca garantir a saúde e integridade física de professores, funcionários e alunos.

A desembargadora Jacqueline Lima Montenegro, relatora do caso, não constatou qualquer violação de competência, “já que em momento algum foram criados cargos, funções ou empregos públicos na administração direta ou autárquica, ou estabelecido o aumento de sua remuneração, nem mesmo criado, extinto ou modificado órgão administrativo, ou sequer conferida nova atribuição a órgão da administração pública”.

Além disso, não haveria, na Constituição, indicação de que leis sobre educação são de iniciativa privativa do chefe do Executivo. Conforme a Constituição Estadual, isso se restringe à edição de leis sobre criação e extinção de secretarias e órgãos administrativos.

A magistrada lembrou que, pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, leis que criam despesa para a administração, mas não tratam da sua estrutura, da atribuição de seus órgãos ou do regime jurídico de servidores públicos não violam a competência privativa do chefe do Executivo.

“É nítido que a violência urbana — que vem atingindo graus alarmantes em todo o estado do Rio de Janeiro — afeta a qualidade de vida de moradores e trabalhadores das áreas que concentram maior número de tiroteios e riscos de conflitos armados, prejudicando a vida dos cidadãos e principalmente das crianças e adolescentes dessas regiões”, acrescentou Jacqueline. Com informações do Conjur

Leia mais

Boa Vista do Ramos receberá nova sede da DPE-AM

Atualmente, o município é atendido de forma remota e por meio de deslocamentos realizados pelos defensores do Polo de Maués e agora passará a...

Justiça autoriza greve dos rodoviários em Manaus, mas com regras para garantir ônibus nas ruas

A Justiça do Trabalho autorizou a paralisação dos rodoviários de Manaus, marcada para esta sexta-feira (4/7), mas com condições para manter parte dos ônibus...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Justiça do Trabalho anula dispensa de trabalhador com deficiência por discriminação

Em votação unânime, a 2ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região considerou discriminatória a demissão de...

MP denuncia tenente-coronel por invasão de domicílio e constrangimento

O tenente-coronel Ivan Souza Blaz Júnior, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi denunciado nesta quinta-feira (3) pelo...

INSS: mais de 2 milhões de aposentados estão aptos a ser ressarcidos

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (3) que 2,1 milhões de aposentados e pensionistas já...

Supremo fará audiência pública em setembro para debater pejotização

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma audiência pública para debater a pejotização nas relações...