O promotor Vitor Fonsêca, do Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou ontem (9/3), com Ação Civil Pública contra a ex-gestora do Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista “Amigo Ruy” (Eamaar), Ieda de Castro Rodrigues, que é suspeita de agredir e xingar mães de crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA).
A ação pede a condenação da ex-gestora por danos morais coletivos e ao pagamento de indenização de R$ 70 mil. A denúncia foi apresentada pela Associação Mães Unidas pelo Autismo (AMUA) acerca do tratamento discriminatório, violência verbal e física sofridos pelas mães e responsáveis pelas crianças com TEA.
“Temos provas, por exemplo, de que a ex-gestora, por vezes, duvidava de que algumas crianças tinham autismo. Temos provas de agressões verbais às mães, chamadas de ‘loucas’, e também, de agressões físicas, como puxões pelos braços para que elas saíssem do espaço. A ação do MPAM reafirma a sua posição de pleno respeito aos direitos das crianças e de pessoas com TEA. E lembra que o espaço EAMAAR deve ser espaço de acolhimento dessas famílias, e não de exclusão”, afirma o promotor Vitor Fonsêca, da 42ª Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência. A medida também envolve a Prefeitura de Manaus, responsável pela instituição. Na ação, o MPAM pede que os servidores do Eamaar passem por cursos de capacitação em atendimento ao público, com especialização envolvendo o TEA.)