Servidor pode ser aposentado por invalidez se o tempo para tratar de saúde for superior a 24 meses

Servidor pode ser aposentado por invalidez se o tempo para tratar de saúde for superior a 24 meses

Aposentadoria por invalidez do funcionário público poderá decorrer por ato administrativo se o servidor ingressar com licença para tratamento de saúde por tempo superior ao de 24 meses – tempo legalmente permitido. O Tribunal de Justiça do Amazonas, sob a relatoria de Domingos Jorge Chalub, denegou Mandado de Segurança impetrado pelo servidor para suspender o ato de aposentadoria. O pedido foi negado por não se concluir ato abusivo contra o Secretário de Segurança Pública do Estado.

O servidor narrou que não havia requerido a aposentadoria por invalidez e pediu a suspensão do ato administrativo que o declarou aposentado, mormente pela ausência de contraditório e ampla defesa, além de outras nulidades que entendeu abusivas no ato de aposentação. 

Ao apreciar a documentação carreada aos autos, a decisão conferiu que o servidor havia, ininterruptamente, ultrapassado o tempo de vinte e quatro meses admitidos dentro do período de afastamento máximo tolerado para o tratamento de saúde.

Não se detectou a ausência de legalidade ou abuso de poder indicados no writ constitucional. Nesse caso ‘a reversão é ato administrativo discricionário, cabendo à administração pública avaliar a pretensão de acordo com critérios de conveniência e oportunidade, não estando evidenciadas práticas de desvio da legalidade’, finalizou a decisão, com a conclusão de inexistência de direito líquido e certo. 

Processo nº 4001269-52.2022.8.04.0000

Leia o acórdão:

Processo 4001269-52.2022.8.04.0000. Classe/Assunto: Mandado de Segurança Cível / Defeito, nulidade ou anulação. Relator(a): Domingos Jorge Chalub Pereira Comarca: Manaus Órgão julgador: Câmaras Reunidas. Data de publicação: 26/01/2023 Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA – LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE SUPERIOR AO ESTABELECIDO PELO ESTATUTO DOS POLICIAIS – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO IMPETRANTE. – SEGURANÇA DENEGADA.

Leia mais

Lógica que se impõe: sendo o juízo incompetente, extinguir o processo é erro crasso, diz TJAM

A lógica processual consagrada pelo Código de Processo Civil não deixa margem a dúvida: quando o magistrado reconhece a incompetência absoluta, não cabe extinguir...

Banco deve indenizar cliente por descontos de juros de encargos de crédito não contratado no Amazonas

A rubrica “Mora Cred Pess”,  lançada em extratos bancários, não se confunde com tarifas de “cesta de serviços”. Enquanto esta remunera pacotes contratados de...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Exploração da fé gera dever de restituição e indenização por dano moral, decide Turma Recursal

O uso de artifícios baseados na fé alheia, com exploração da vulnerabilidade psicológica da vítima para obtenção de vantagem...

Lógica que se impõe: sendo o juízo incompetente, extinguir o processo é erro crasso, diz TJAM

A lógica processual consagrada pelo Código de Processo Civil não deixa margem a dúvida: quando o magistrado reconhece a...

Banco deve indenizar cliente por descontos de juros de encargos de crédito não contratado no Amazonas

A rubrica “Mora Cred Pess”,  lançada em extratos bancários, não se confunde com tarifas de “cesta de serviços”. Enquanto...

Nem um, nem o outro: ajuste por cotas de FPM durante ação implica renúncia de pedido por Município

A desistência de uma ação judicial após a contestação, quando envolve a União e suas autarquias, não pode ser...