Acusado de matar policial que pediu para encerrar atividade de bar em Humaitá-AM tem prisão mantida

Acusado de matar policial que pediu para encerrar atividade de bar em Humaitá-AM tem prisão mantida

João Paulo Nunes, acusado pela morte do policial militar Áldison Guacebe de Almeida, na data de 06/09/2020, na Comunidade Maria Auxiliadora, na zona rural de Humaitá-Am, teve negado pedido de habeas corpus pelo Tribunal do Amazonas. A denúncia relatou que o acusado efetuou disparos de arma de fogo mesmo após o policial ter caído no chão, sem qualquer possibilidade de resistência ou de defesa. A decisão que negou o pedido fundamentou que há necessidade de se acautelar a ordem pública. Foi Relatora Mirza Telma de Oliveira Cunha. 

O pedido de soltura narrou em habeas corpus que o Paciente se encontra em custódia cautelar há mais de 450 dias, o que representaria um excesso de prazo na prisão. Não obstante, o julgado firmou que “não há constrangimento ilegal quando a prisão preventiva é decretada em razão da gravidade concreta da conduta delituosa, evidenciada pelo modus operandi com que o crime fora praticado”.

Os fatos teriam decorrido de que os moradores da Comunidade Jacundá, em Humaitá, dentre os quais o Paciente, participavam de uma festa no Bar Parabólica, na Comunidade Maria Auxiliadora. Nestas circunstâncias, policiais militares, dentre eles a vítima, solicitaram o encerramento das atividades no bar por aquele dia, o que teria causado a revolta de João Paulo e outros comparsas que confrontaram os policiais, dentre eles um adolescente. 

O acusado – Paciente no habeas corpus, aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri de Humaitá, já se encontrando pronunciado, ou seja, devidamente reconhecida a autoria e a materialidade do crime de homicídio qualificado. Desta forma, dispôs a decisão denegatória de habeas corpus, que restou configurada a improcedência de excesso de prazo e do constrangimento ilegal. 

Processo nº 4009129-41.2021.8.04.0000

Leia o acórdão:

AUTOS Nº 4009129-41.2021.8.04.0000. ÓRGÃO JULGADOR: SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL
RELATORA: DESEMBARGADORA MIRZA TELMA DE OLIVEIRA CUNHA. CLASSE: HABEAS CORPUS CRIMINAL. VARA DE ORIGEM: 2ª VARA DE HUMAITÁ IMPETRANTE: DR. CÂNDIDO HONÓRIO SOARES FERREIRA NETO PACIENTE: JOÃO PAULO NUNES DE CARVALHO IMPETRADO: JUIZO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE HUMAITÁ EMENTA: HABEAS CORPUS. ART. 121, §2°, INCISOS II, IV E VII, DO CÓDIGO PENAL. CRIME PRATICADO CONTRA AGENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA. RELAXAMENTO DAPRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. NÃO CARACTERIZADO.  PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. TRAMITAÇÃO REGULAR DO FEITO ORIGINÁRIO. REVOGAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. IMPOSSIBILIDADE. PROVA DA MATERIALIDADE E INDÍCIOS DE AUTORIA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE EM CONCRETO DO DELITO E PERICULOSIDADE SOCIAL, REVELADAS PELO MODUS OPERANDI EMPREGADO. CONDIÇÃO SUBJETIVA FAVORÁVEL. IRRELEVÂNCIA. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO. INVIABILIDADE. INOCORRÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONHECIDA E DENEGADA.

Leia mais

Homem que matou gêmeos em drogaria é condenado a mais de 75 anos de prisão

O réu Wesley Carril Albuquerque foi condenado a 75 anos e meio de prisão, em regime inical fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e...

Ausência de Inscrição suplementar de advogado não permite ao juiz extinguir processo

A regra da inscrição suplementar que impede o advogado de atuar em mais de cinco ações em estados onde ele não é inscrito na...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

STF fixa que acordos que visam reduzir sanções penais são cabíveis na Justiça Militar

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou entendimento de que os Acordos de Não Persecução Penal (ANPP)...

Caso “Tio Paulo”: Érika fala pela primeira vez após deixar a prisão

Erika de Souza Vieira Nunes, foi solta na última quinta-feira (2), após duas semanas de prisão, por acusações de...

Decisão Judicial Exige Provas Concretas em Revisão de Pensão Alimentícia

No cenário judiciário de Leopoldina, Minas Gerais, um caso de revisão de pensão alimentícia trouxe à tona a importância...

Revisão da Pensão por quem Alimenta. Entenda o que se precisa fazer

A revisão da pensão alimentícia é um processo legal que pode ocorrer quando há mudanças significativas nas circunstâncias financeiras...