Sem que o Supremo Tribunal Federal tenha uma equipe que possa tocar a fase de instrução de ações penais após o recebimento das denúncias lançadas pela Procuradoria Geral da República, o que há de concreto, até então, é uma sequência de prisões e operações de segurança que tiveram como alvo executores, patrocinadores e instigadores dos atos de vandalismo do dia 08 de janeiro nos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
A maioria das pessoas presas segue, a título provisório, na condição de encarcerados da justiça. Por enquanto, os números revelados somam que 1.420 pessoas foram presas em flagrante delito.
Das prisões em flagrante pela turba em Brasília, no dia 08 de janeiro, há quase dois meses, 942 pessoas tiveram suas prisões preventivas decretadas e 343 pessoas foram beneficiadas com monitoramento eletrônico e, nessas circunstâncias, se encontram em liberdade provisória.
Ações penais foram propostas pela Procuradora da República. Os números se diferenciam entre denunciados pela prática do crime de incitação às Forças Armadas contra os Poderes constituídos. Nesse contexto há 689 pessoas.
Outras 225 pessoas foram denunciadas sob suspeita de participação direta nos atos de invasão e vandalismo às sedes dos Três Poderes, sendo acusados pelos crimes de associação armada, abolição violenta do Estado Democrático de direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio da União.