TIM deve indenizar cliente em Manaus por não transferir Internet para novo endereço

TIM deve indenizar cliente em Manaus por não transferir Internet para novo endereço

Em sentença que declarou serem inexigíveis débitos de consumidor contra a TIM S.A., o juiz Cássio André Borges dos Santos, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível julgou parcialmente procedente o pedido de Marcos Paulo Santos Rodrigues. A decisão fundamenta que em razão de novo endereço do titular do contrato, face a mudança residencial, os serviços não foram usufruídos, porque a operadora não pode efetuar a  transferência de lugar de prestação do serviço, embora dentro da cidade de Manaus. Se a operadora não pode prestar esse serviço e se o réu não o pode usufruir dentro da mesma localidade, embora em endereços distintos, houve inadimplemento contratual pela Ré, no caso a Tim, firmou a decisão.

O Autor havia contratado um pacote de serviços de internet residencial com a empresa Tim, requerida na ação, com instalação do equipamento em um endereço, do qual teve a necessidade de mudança. Não conseguindo, de plano, a troca do endereço, no mesmo contrato, o consumidor se viu obrigado a efetuar o pagamento de faturas com taxas de mudança de endereço, cobradas pela concessionária. Sobreveio cancelamento do contrato, face a impossibilidade de nova troca de endereço, mas as faturas continuaram a ser cobradas, inclusive com multas.

A sentença reconheceu ao autor o conceito de consumidor, como descrito no artigo 2º do CDC, por se cuidar de destinatário final do produto/serviço, bem como a adoção de se cuidar de parte vulnerável na relação processual, e que o fornecedor responde, ainda que independentemente de culpa. 

A decisão firmou que ante a impossibilidade de transferência de lugar da prestação de serviço, na mesma cidade de Manaus, a Tim incidiu em inadimplemento contratual, por não poder prestar o serviço, da mesma que o autor não pode usufruir do mesmo, daí que não pode ser obrigado a pagar por aquilo que não lhe foi prestado. A sentença declarou a rescisão contratual entre as partes e a inexigibilidade de débitos referentes ao contrato, bem como em danos morais no valor de R$ 8.000,00.

Leia a decisão:

Autos n°: 0665986-26.2021.8.04.0001. Ação: Procedimento do Juizado Especial Cível/PROC. Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial, termos em que: 1) DECLARO a rescisão contratualentre as partes e a inexigibilidae de débitos referente ao contrato do plano TI Live 100m plus 200, oportunidade em que torno definitiva a decisão liminar; 2) CONDENO o réu a pagar R$8.000,00 ao autor, a título de indenização pordanos morais, com acréscimo de juros de 1% ao mês e correção monetáriaINPC desde a data do arbitramento; e Deixo de condenar a requerida ao pagamento das custasprocessuais e dos honorários advocatícios, amparando-me na primeira parte doart. 55 da Lei n.° 9.099/95. Cássio André Borges dos Santoss

 

 

 

Leia mais

Colisão causada por condutor que foge e omite socorro gera dever de indenizar, fixa Justiça

Justiça reconhece responsabilidade civil por colisão entre carro e motocicleta, e fixa reparação de R$ 6,2 mil por prejuízos no veículo e R$ 10...

Sem prova válida em assinatura eletrônica, STJ mantém decisão que condenou Banco no Amazonas

No início parecia só mais um desconto estranho no contracheque, daqueles que o consumidor só percebe quando o dinheiro já fez falta no fim...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

TRT-2 confirma justa causa de trabalhadora que manteve relação amorosa com marido de empregadora

Por unanimidade, a 5ª Turma do TRT da 2ª Região confirmou justa causa aplicada a atendente de lanchonete por...

Taxa Selic deve corrigir valores em todas as discussões envolvendo a Fazenda Pública, reafirma STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou entendimento de que a taxa Selic deve ser aplicada como índice de atualização...

Após instalar câmeras de segurança, vizinha é condenada por violação de privacidade

Uma mulher foi condenada a indenizar duas vizinhas em R$ 12 mil, por danos morais, após ter instalado câmeras que...

Ex-sócios seguem responsáveis por dívidas assumidas em contrato, decide TJSC

A 2ª Câmara de Direito Comercial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) confirmou a decisão que determinou...