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Maníaco do Parque: O crime que chocou o Brasil e o novo filme no Prime vídeo

Na primeira foto, a imagem real de Francisco - o maníaco do parque. Ao lado, o ator Silvero Pereira, que interpreta o personagem. Crédito: Reprodução/ Instagram

Um dos casos criminais mais chocantes da história do Brasil volta a ocupar espaço nas telas e nas discussões públicas. A vida de Francisco de Assis Pereira, conhecido como o “Maníaco do Parque”, ganhou um filme no Prime Vídeo, streaming da Amazon.

Estrelado pelo ator Silvero Pereira, o filme revive os horrores de um serial killer que abalou as famílias brasileiras em 1998. Francisco foi condenado a 285 anos e três meses de prisão por uma série de assassinatos contra jovens mulheres.

A Brutalidade dos Crimes

Na década de 1990, Francisco usava a sua profissão de motoboy para atrair as vítimas. O criminoso oferecia dinheiro em troca de oportunidades como modelo, atraindo as jovens ao Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, onde eram brutalmente assassinadas.

O corpo de uma das vítimas foi descoberto por meninos que empinavam pipas na aérea do crime. Durante a brincadeira, eles se depararam com partes de um corpo espalhado pelo local.

Ao todo, foram confirmadas 10 mortes. As vítimas foram estranguladas, estupradas e assassinadas, além de marcas de mordidas pelo corpo.

Também chamou atenção a posição em que os corpos foram encontrados, eles eram deixados nus e deitados de bruços.

Legislação 

A produção reabre discussões sobre como o sistema judicial brasileiro lida com criminosos extremamente perigosos e a possível reintegração de Francisco à sociedade, em 2028, quando ele poderá sair em liberdade, conforme a legislação da época de sua condenação, que limitava o tempo máximo de prisão a 30 anos.

No Brasil, antes do Pacote Anticrime, o limite máximo de cumprimento de pena era de 30 anos. Após a Lei n.º 13.964/2019, esse limite foi ampliado para 40 anos, de acordo com o artigo 75 do Código Penal. Conforme a Constituição Federal do Brasil, inciso XL, do artigo 5°, a lei não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 

Contudo, para Francisco – o Maníaco do Parque, conquistar sua liberdade, precisará passar por exames psicológicos para avaliar o risco de reincidência, que significa verificar as possibilidades de cometimento de novos crimes.

Adaptação cinematográfica

Com uma trama que mistura realidade e ficção, a produção não busca só entreter, mas também oferece um olhar reflexivo sobre o caso que chocou o Brasil nos anos 90.

Embora a adaptação gire em torno de um serial killer que assassinou brutalmente as mulheres, o filme não é pesado, exceto pela única cena em que Francisco (Silvero Pereira) ataca uma das vítimas na floresta.

Foto: Reprodução

A narrativa ficcional destaca a trajetória de Elena, uma jornalista investigativa, interpretada por Giovanna Grigio, em busca de reconhecimento profissional. Ela aproveita uma oportunidade para ir à cena do crime, sendo uma das primeiras a ver o corpo de uma das vítimas. Sua atuação a leva a conquistar destaque com um artigo na capa do jornal, além de ser a responsável por apelidar o assassino como “Maníaco do Parque”.

Na vida real, as sobreviventes relataram o modus operandi – modo de agir – do assassino. No entanto, o filme não mostrou como as mulheres conseguiram escapar das garras do serial killer.

A trama ressaltou a importância de debater a violência e os abusos enfrentados pelas mulheres, destacando a necessidade de que seus direitos e espaço sejam respeitados na sociedade. 

Também faz parte do elenco a atriz Mel Lisboa, Xamã, Talita Younan, Bruno Garcia e Marco Pigossi.