Anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro segue em projeto com pressão política e jurídica

Anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro segue em projeto com pressão política e jurídica

Conquanto a Comissão de Defesa da Democracia sequer tenha apreciado o Projeto de Lei nº 5064/2023, com vista à concessão de anistia aos acusados e condenados pelos crimes definidos pelos atos de 8 de janeiro, em razão das manifestações ocorridas em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023, é intenso o debate no meio político e jurídico à despeito da matéria, face a alta polêmica que envolve o conteúdo.

O projeto é da iniciativa do Senador Hamilton Mourão, do Repúbicanos, do Rio Grande do Sul. 

Senadores da base de Lula (PT) se colocam de forma taxativa contra o projeto de lei pró-anistia apresentado pelo senador Hamilton Mourão  e afirmam que é preciso manter firmeza  contra as pessoas que agiram contra a democracia. Para esse grupo, o perdão seria encarado como um sinal de reprovação do Congresso ao STF (Supremo Tribunal Federal) —especialmente ao relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes.

Ainda que a a anistia seja aprovada pelo Congresso Nacional, há precedente no STF onde se fundamenta que crimes contra  o Estado Democrático de Direito não são passíveis de anistia, graça ou indulto. O fundamento é o de que os crimes contra o Estado Democrático de Direito são crimes políticos e impossíveis de serem anistiados, uma vez que o princípio se constitui em cláusula pétrea de natureza constitucional e da própria essência da Democracia, não admitindo flexibilização. 

Sobre essa matéria o STF já invalidou, inclusivie, o ato de graça concedido pelo ex-presidente Bolsonaro em favor do ex-deputado Daniel Silveira. Na época, o STF afirmou expressamente que a Constituição não permitiria indulto coletivo para aqueles condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. 

O projeto de Lei de Anistia segue em consulta pública no Senado. Entre os que opinaram, até a edição dessa matéria, revela-se um equilíbrio matemático de opiniões. Cerca 485.475 pessoas dizem sim à Anistia no site do Senado, enquanto que 518.166 são contra o projeto de Lei. 
 

Leia mais

Bradesco prova cobrança de tarifas com normas do Banco Central e derruba ação de cliente no Amazonas

Turma Recursal do Amazonas reconheceu a legalidade das tarifas de saque e extrato previstas na Resolução 3.919/2010 do Banco Central e afastou indenização por...

Escritura de união estável com mais de dois anos antes do óbito não prova dependência para pensão por morte

 A simples escritura pública declaratória de união estável, lavrada mais de dois anos antes do falecimento do segurado, não é suficiente para comprovar dependência...

Mais Lidas

Justiça do Amazonas garante o direito de mulher permanecer com o nome de casada após divórcio

O desembargador Flávio Humberto Pascarelli, da 3ª Câmara Cível...

Bemol é condenada por venda de mercadoria com vícios ocultos em Manaus

O Juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara...

Destaques

Últimas

Juizado reconhece doação de cachorro e nega devolução de animal ao antigo tutor

O 7º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís (MA) reconheceu a validade de uma...

Operadora é condenada por uso indevido de documentos para contratação de serviços

A 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do DF confirmou sentença do 3º Juizado Especial Cível de Ceilândia que ...

Por unanimidade, STF mantém condenação de Bolsonaro e aliados

Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram manter a condenação ex-presidente Jair Bolsonaro...

Bradesco prova cobrança de tarifas com normas do Banco Central e derruba ação de cliente no Amazonas

Turma Recursal do Amazonas reconheceu a legalidade das tarifas de saque e extrato previstas na Resolução 3.919/2010 do Banco...